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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA LITERATURA UMBANDISTA


Por Alexandre Cumino



Este é o titulo do recém lançado livro do autor, amigo e irmão de fé, Diamantino Fernandes Trindade, o qual fui convidado a prefaciar, o que foi para mim uma honra, prazer e oportunidade.

Honra para mim, por ser o autor um dos poucos ou quiçá o único historiador umbandista e da Umbanda com títulos publicados; prazer, pois muito me interesso pelo assunto e oportunidade por desfrutar da amizade de um irmão dedicado que já há muito tempo está neste mesmo caminho o qual percorreu por diferentes vias de acesso e informação.

Diamantino é generoso, compartilha todas as informações e material que lhe chega às mãos, o que me permitiu tomar conhecimento de alguns títulos raros como “No Mundo dos Espiritos” de Leal de Souza, 1925, exemplar único garimpado pelo historiador em seu perfil de pesquisador.

Extremamente ético, não vamos encontrar na obra do irmão qualquer crítica infundada ou tentativa de desmerecer o trabalho alheio, com relação a outros autores, escritores e ou sacerdotes e médiuns umbandistas, bem como outros segmentos como o Culto de Nação ou Culto de Jurema.

Nosso irmão se concentra no melhor que uma “lente” aguçada e coerente poderia observar e apresentar como relevante, para um aprofundamento e tomada de conhecimento acerca da obra de outros umbandistas, igualmente escritores.

Escrever sobre a Umbanda, como diria o Mestre Hanamatan, não é tarefa para leigos, aventureiros ou curiosos, afinal há determinados assuntos que se deve escrever com propriedade ou simplesmente se calar.

Decelso afirma que Umbanda é Luz que ilumina os fracos e confunde os poderosos. Embora muitos não percebam esta afirmação revela um perfil interessante da Umbanda, apresentar os arcanos da espiritualidade de forma simples e adaptável a diferentes realidades.

Rubens Saraceni afirma que Umbanda traz em si energias vivas e divinas... que se amoldam segundo nosso entendimento de mundo.

Uma mesma Umbanda sob outro olhar se revela “outra umbanda”.

Empreender um mergulho neste universo, tão UNO e ao mesmo tempo tão DIVERSO, na realidade do “outro” umbandista é sempre uma aventura, uma viagem rumo ao desconhecido tão familiar. Mas não basta navegar em águas tranquilas na superfície, quem quer conhecer esta realidade, este “cosmos religioso”, deve mergulhar nesta fonte da longa vida, que confere a imortalidade a todos que estiverem dispostos a morrer e nascer de novo.

Benjamim Figueiredo e Caboclo Mirim afirmavam que Umbanda é coisa séria para gente séria, e seguindo esta orientação sentimos o peso da responsabilidade que é falar sobre a fé alheia, daqueles que são nossos irmãos, sabendo que uma palavra certa levanta na mesma medida em que a palavra torta derruba.

A Umbanda é um milagre vivo diante dos nossos olhos deslumbrantes (Capitão Pessoa); A Umbanda é a Luz Divina, é a Força, é a Fé, ou melhor : é a própria vida (Aluizio Fontenele); A Umbanda é uma ação organizada contra o erro e a maldade (João Severino Ramos); Umbanda é um sincretismo nacional afro-aborígene, espírita cristão (Jamil Rachid); Umbanda é uma religião espírita, ritmada, ritualizada, euro-afro-brasileira (Ronaldo Linares); Umbanda é uma religião heterodoxa (Diana Brown); Umbanda é, sobretudo, multiforme, um sistema religioso estruturalmente aberto (Lísias Nogueira Negrão); diversa, se encontra uma certa unidade na diversidade (Patricia Birmam) ou como diria nosso maior exemplo, Zélio de Moraes, e aquele que afirmava ser o menor dos espíritos Caboclo das Sete Encruzilhadas, Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade, é fazer o bem sem olhar a quem, amor e caridade.

Com cada um destes irmãos e mestres aprendemos algo ou partes de um todo que transcende a realidade material; inefável.

Todos buscam palavras, chaves e códigos de interpretação para o que não se alcança, senão por símbolos que revelam e ocultam ao mesmo tempo. Impossível de ser contida ou enlatada, mais que religião com suas formalidades, rituais e doutrina, abre espaço para a experiência mística. Coube a nosso irmão Diamantino selecionar o melhor de cada um dos autores que fazem parte desta construção histórica e literária umbandista.

A nós, cabe aproveitar o néctar das flores plantadas por todos aqueles que nos antecederam e dar continuidade no cultivo das mesmas.

A mim, só resta recomendar e desejar boa leitura, boa Umbanda... bom futuro para nós e para a nossa religião enquanto houver pessoas interessadas em aprender e ensinar nossos fundamentos.

A sabedoria do Oriente nos diz que para se receber algo de novo, deve-se esvaziar o copo, para não transbordar e diz também que:
"Deus não impôs ao ignorante a obrigação de aprender, sem antes ter tomado de quem sabe, o juramento de ensinar."

Alexandre Cumino é editor do Jornal de Umbanda Sagrada (JUS) e autor da obra A História da Umbanda: religião brasileira, publicada pela Madras Editora, 2010.



terça-feira, 26 de outubro de 2010

PILÃO DO SÉCULO XIX


Pilão do século XIX - Casa de Pai Benedito.

ALLAN KARDEC NÃO É UMBANDISTA!

Importante matéria de Rodrigo Queiróz.

REVISTA PORTAL ORIXÁS


Esté no ar o segundo número da importante revista sobre os cultos afro-brasileiros PORTAL ORIXÁS.

Acesso na página:


domingo, 10 de outubro de 2010

ITACURUÇÁ


W.W. da Matta e Silva e Mãe Salete na companhia de Pai Jairo e Mãe Marielza no Templo de Umbanda Oriental, em Itacuruçá - RJ.

PROCISSÃO


Procissão durante a festa de Yemanjá, na Praia Grande - São Paulo, em 1978.

OBRIGAÇÃO À OXÓSSI


Mãe Dirce incorporado com Caboclo Tupinambá em Obrigação à Oxóssi.

OBRIGAÇÃO À YEMANJÁ


Pai Ronaldo incorporado com Pai Benedito, na obrigação à Yemanjá em 1978.

OBRIGAÇÃO À OGUM


Mãe Dirce e Pai Diamantino durante Obrigação à Ogum em 1985,