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domingo, 28 de outubro de 2012

O ESPIRITISMO, A MAGIA E AS SETE LINHAS DE UMBANDA


Em sua edição matutina de 8 de novembro de 1932, o jornal Diário de Notícias, da então Capital Federal anunciava:
 

A larga difusão do espiritismo no Brasil é um dos fenômenos mais interessantes do reflorescimento da fé. O homem sente, cada vez mais, a necessidade do amparo divino, e vai para onde o arrastam os seus impulsos, conforme a sua cultura e a sua educação, ou para onde o conduzem as sugestões do seu meio. É o que se observa em nosso país, nos Estados Unidos e na Europa, atacada, nestes tempos, de uma curiosidade delirante pela magia. Mas, em nenhuma região o espiritismo alcança a ascendência que o caracteriza em nossa capital. É preciso, pois, encará-lo com a seriedade que a difusão exige. No intuito de esclarecer o povo e as próprias autoridades sobre culto e práticas amplamente realizados nesta cidade, o “Diário de Notícias” convidou um especialista nesses estudos, o Senhor Leal de Souza, para explaná-lo, no sentido explicativo, em suas colunas. Esses mistérios, se assim podemos chamá-los, só podem ser aprofundados por quem os conhece, e só os espíritas os conhecem. Convidamos o Senhor Leal de Souza por ser ele um espírito tão sereno e imparcial que, exercendo até setembro do ano próximo findo o cargo de redator-chefe de “A Noite”, nunca se valeu daquele vespertino para propagar a sua doutrina e sempre apoiou com entusiasmo as iniciativas católicas. O Senhor Leal de Souza já era conhecido pelos seus livros, quando realizou o seu famoso inquérito sobre o espiritismo: “No Mundo dos Espíritos”, alcançando grande êxito pela imparcialidade e indiscrição com que descrevia as cerimônias e fenômenos então quase desconhecidos de quem não frequentava os centros.
Depois de convertido ao espiritismo, o Senhor Leal de Souza fez durante seis anos, com auxílio de cinco médicos, experiências de caráter científico sobre essas práticas, e principalmente sobre os trabalhos dos chamados caboclos e pretos. O Senhor Leal de Souza, nos seus artigos sobre “O Espiritismo e as Sete Linhas de Umbanda”, não vai fazer propaganda, porém, elucidação, mostrando-nos, as diferenciações do Espiritismo no Rio de janeiro, as causas e os efeitos que atribui às suas práticas, dizendo-nos o que é e como se pratica a feitiçaria, tratando não só dos aspectos científicos como ainda da Linha de Santo, dos Pais de mesa, do uso do defumador, da água, da cachaça, dos pontos, em suma, da magia negra e branca. Esperamos que as autoridades incumbidas da fiscalização do espiritismo e muitas vezes desaparelhadas para diferenciar o joio do trigo, e o povo, sempre ávido de sensações e conhecimentos, compreendam, em sua elevação, os intuitos do Diário de Noticias.Na próxima quinta-feira, iniciaremos a publicação dos artigos do Senhor Leal de Souza, sobre “O Espiritismo, a Magia, e as Sete Linhas de Umbanda”. É a primeira série desses artigos, escritos diariamente ao correr da pena, que constitui este livro.


Primeira página da edição de 8 de novembro
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Detalhe da primeira página da edição de 8 de novembro de 1932
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Primeira página do Diário de Notícias de 10 de novembro de 1932

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Detalhe da primeira página
                            

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Esta série de artigos deu origem ao livro O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda, publicado em 1932. Em 2009, a Editora do Conhecimento reeditou a obra, com apresentação de Diamantino Fernandes Trindade. 



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

JOVEM OGAN


 Imagem publicada no número 325 da Revista Fatos & Fotos, na reportagem Quem entra na Linha de Umbanda, de 27 de abril de 1967



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domingo, 21 de outubro de 2012

NO MUNDO DOS ESPÍRITOS

Em novembro deste ano a Editora do Conhecimento fará o lançamento da nova edição da importante obra de Leal de Souza: No Mundo dos Espíritos. Este foi o primeiro livro que fazia menções à Umbanda. Cada capítulo foi publicado, durante o ano de 1924, no jornal A Noite, do Rio de Janeiro.
A primeira e única edição foi publicada em 1925. A nova edição terá a apresentação de Diamantino Fernandes Trindade e Ronaldo Antonio Linares.

Apresentamos a seguir uma imagem histórica: a capa do referido jornal, de 7 de janeiro de 1924, onde a aparecia a primeira matéria.   


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