O Caboclo das Sete Encruzilhadas era chamado de “Chefe” pelos adeptos da Tenda Nossa Senhora da Piedade.
“(…) o chefe acha que espiritismo não é pra perder tempo, que o espírito baixa, é pra fazer caridade, ou pra ensinar, o chefe não sai daí, ou pra ensinar, ou pra fazer caridade…”
”Bater tambor para fazer bonito, escutar e todo mundo… não é pra nossa Umbanda, espírito não perde tempo, quando baixa é pra fazer caridade, o Chefe não aceita e eu não saio fora do Chefe..."
Segundo Pedro Kritski o fato de na Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade não usar atabaques e qualquer outro tipo de instrumento musical em seus rituais de Umbanda, em nada tem a ver com possíveis crises de labirintite do dirigente desta casa, ou ainda, pela repressão policial existente na época da fundação da TENSP…, e sim por motivos doutrinários, ensinados pelo próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas, onde se entende que o uso de atabaques, tambores e demais instrumentos geram um ambiente pernicioso à concentração e disciplina exigida para o desenvolvimento dos médiuns e da execução dos trabalhos.
Mais uma vez, reafirmo que a Umbanda e a sua história precisam ser estudadas pelos seus integrantes e dirigentes, pois só assim poderemos chegar a um respeito real, reconhecendo as diferenças e divulgando os reais entendimentos que fundamentam as práticas de cada vertente.
Pedro Kritski
Para maiores detalhes sobre o tema visitem o importante blog
http://registrosdeumbanda.wordpress.com
Um comentário:
Os atabaques bem tocados e os pontos cantados - sem voz estridente ou berros - são de fato, muito bonitos, mas particularmente eu prefiro trabalhar somente com pontos cantados na voz, sem os atabaques acompanhando, pois acho que atrapalha o entendimento do que é dito durante a consulta pelo guia ao assistido.
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