Diamantino Fernandes Trindade
Destacamos neste número a tradicional Revista Planeta que em vários momentos da sua história publicou temas sobre a Umbanda. Já no seu primeiro número brasileiro, setembro de 1972 trazia a matéria Candomblé, Umbanda e Macumba no Brasil, na reportagem Cultos africanos no Brasil, de Edison Carneiro. No tópico A conquista da Umbanda, o autor escreveu:
Como tipo de associação religiosa a Umbanda já está conquistando novas posições no país. Os cultos de organização recente, em cidades como Teresina, Fortaleza, Vitória, Curitiba e Goiânia, onde aparentemente não existiam antes, são quase sempre desse tipo. E, pelo menos no Rio de Janeiro, onde conta com três milhares de tendas e terreiros, cada vez mais frequentados por crentes e curiosos, a Umbanda se considera bastante forte para candidatar-se a uma religião institucionalizada nacional.
Um pequeno núcleo de confrarias religiosas que constitui uma réplica, em ponto pequeno, do candomblé da Bahia, vive precariamente em Porto Alegre, sob a designação de Batuque e outrora, alternativamente, Pará. Característica nacional desses cultos é a sua localização urbana ou suburbana, com uma ou outra exceção no quadro rural.
O texto de Edison Carneiro aponta para o momento da grande da expansão do Movimento Umbandista no Brasil.
No número 259, de março de 1994, a seção Fórum dos Leitores apresentava um esclarecimento do leitor Sebastião Anselmo, de Santa Rosa do Viterbo, quanto ao caráter afro-brasileiro da Umbanda:
Esclarecimento sobre a Umbanda
Sr. Editor:
Como assinante desta conceituado e deveras interessante revista, tomo a liberdade de tecer alguns comentários sobre um tema que durante praticamente todo o ano de 1993 foi debatido na seção “Fórum dos Leitores”: a Umbanda.
Desde a edição 245 (fevereiro/93), quando foi publicado o artigo “Um Mergulho no Mistério da Umbanda”, notamos que a matéria em pauta gerou discussões e controvérsias em vários setores umbandistas e também dos chamados cultos afro-brasileiros, pois na edição 252 (setembro/93) a seção “Fórum dos Leitores” publicou o protesto do sr. Jeronymo H. Vanzelloti (Presidente, na época, do CONDU – Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda) ao artigo citado, e na 254 (novembro/93), o sr. Paulo G. da Silva criticou o protesto publicado no numero 252.
Assim, é fácil concluir que o tema merece uma melhor abordagem por parte desta conceituada revista, pois muita gente (inclusive adeptos) acredita que a Umbanda é uma religião afro-brasileira, o que não é verdade e precisa ser esclarecido com urgência. Não se trata de discriminação ou preconceito aos cultos de nação africana, que respeitamos, mas, a bem da verdade, Umbanda e cultos afros nada tem em comum.
Muitos confundem Umbanda com o Candomblé, Omolocô, Catimbó, Batuque, Xangô de Caboclo etc., mas a verdadeira Umbanda nada tem a ver com eles, nem com o Catolicismo ou Kardecismo. Umbanda é uma religião eminentemente brasileira, com doutrina própria, cujo nascimento data de muito antes do advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas e do grande médium Zélio de Moraes.
Como tipo de associação religiosa a Umbanda já está conquistando novas posições no país. Os cultos de organização recente, em cidades como Teresina, Fortaleza, Vitória, Curitiba e Goiânia, onde aparentemente não existiam antes, são quase sempre desse tipo. E, pelo menos no Rio de Janeiro, onde conta com três milhares de tendas e terreiros, cada vez mais frequentados por crentes e curiosos, a Umbanda se considera bastante forte para candidatar-se a uma religião institucionalizada nacional.
Um pequeno núcleo de confrarias religiosas que constitui uma réplica, em ponto pequeno, do candomblé da Bahia, vive precariamente em Porto Alegre, sob a designação de Batuque e outrora, alternativamente, Pará. Característica nacional desses cultos é a sua localização urbana ou suburbana, com uma ou outra exceção no quadro rural.
O texto de Edison Carneiro aponta para o momento da grande da expansão do Movimento Umbandista no Brasil.
No número 259, de março de 1994, a seção Fórum dos Leitores apresentava um esclarecimento do leitor Sebastião Anselmo, de Santa Rosa do Viterbo, quanto ao caráter afro-brasileiro da Umbanda:
Esclarecimento sobre a Umbanda
Sr. Editor:
Como assinante desta conceituado e deveras interessante revista, tomo a liberdade de tecer alguns comentários sobre um tema que durante praticamente todo o ano de 1993 foi debatido na seção “Fórum dos Leitores”: a Umbanda.
Desde a edição 245 (fevereiro/93), quando foi publicado o artigo “Um Mergulho no Mistério da Umbanda”, notamos que a matéria em pauta gerou discussões e controvérsias em vários setores umbandistas e também dos chamados cultos afro-brasileiros, pois na edição 252 (setembro/93) a seção “Fórum dos Leitores” publicou o protesto do sr. Jeronymo H. Vanzelloti (Presidente, na época, do CONDU – Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda) ao artigo citado, e na 254 (novembro/93), o sr. Paulo G. da Silva criticou o protesto publicado no numero 252.
Assim, é fácil concluir que o tema merece uma melhor abordagem por parte desta conceituada revista, pois muita gente (inclusive adeptos) acredita que a Umbanda é uma religião afro-brasileira, o que não é verdade e precisa ser esclarecido com urgência. Não se trata de discriminação ou preconceito aos cultos de nação africana, que respeitamos, mas, a bem da verdade, Umbanda e cultos afros nada tem em comum.
Muitos confundem Umbanda com o Candomblé, Omolocô, Catimbó, Batuque, Xangô de Caboclo etc., mas a verdadeira Umbanda nada tem a ver com eles, nem com o Catolicismo ou Kardecismo. Umbanda é uma religião eminentemente brasileira, com doutrina própria, cujo nascimento data de muito antes do advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas e do grande médium Zélio de Moraes.
2 comentários:
BEM NÃO SEI SE FOI APAGADO O Q ESCREVI ANTES .AKI NO R.J;TIVEMOS UM PAI DE SANTO .REINALDO XAVIER AZEREDO .REINALDO DE XANGÔ.TENDA ESPIRITA CABOCLO TUJUPIARA.FUNDADOR DA FEDERAÇÃO ESPIRITA .GOSTARIA DE SABER MAS DA SUA LUTA ABRAÇOS OBRIGADA
Infelizmente não tenho dados sobre esse Pai de Santo.
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